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quinta-feira, 7 de maio de 2009

SUMMERTIME Tempo de verão

SUMMERTIME
(letra de Du Bose & Heyward)
da Ópera Porgy and Bess, 1935
De George Gerswin

Compositor norte americano influenciado pela música popular e pelo jazz, sendo também conhecido pela “Rapsody in lue (1923).
Porgy and Bess, 1935 é uma ópera de grande força dramática inspirada na comunidade negra de CATFISH ROW bairro marítimo de Chaleston. É considerada a obra mais genuína do folclore nacional americano.

Nesta cena, Clara, mulher de um pescador, embala o filho cantando um acalanto que expressa o prazer de viver e a promessa de dias melhores para o filho apesar de toda a pobreza reinante.
Por ser uma canção de ninar deve ser executada com bastante leveza e singeleza vocal. Região aguda, trabalhando o ponto focal, diminuindo o volume e mantendo o som compactado. Trabalho de linha de canto: som ligado em todas as palavras.

TRADUÇÃO:
O inglês é escrito errado e cheio de gírias dos negros.
Summertime
an´de livin´ is easy
Fish are jumpin´
an´de cotton is high
Oh yo´ daddy´s rich
an´ yo ma´s good lookin´
So hush little baby
Don´ you cry
One of these mornin´s
You goin´ to rise up singin´
Den you´ll spreed yo´ wings
an´ you take to the sky
But til that mornin´
Dere´s a nothin´ can harm you
With daddy an´ momy
Standin´by
TRADUÇÃO:
Tempo de verão
E a vida é fácil
Os peixes estão pulando
E o algodão está alto

Teu pai é rico
E tua mãe é bonita
Então te apressa, benzinho
Não chora

Em uma dessas manhãs
Tu vais te levantar cantando
Então abrirás tuas asas
E rumarás ao céu

Mas até aquela manhã
Não há nada que vá te machucar
Com teu pai e tua mãe a te cuidar



ingles moderno:Summertime
And the livind is easy
Fish are jumpin´
And the cotton is high
Your daddy´s rich
And your mama´s good lookin´
So hush little baby now
Don´t you cry
One of these mornin´s
You´re gonna rise up singin´
You´re gonna spread your wings
And take to the sky
But til that mornin´
Ain´t nothin´can harm you
With your daddy &your mammy
Standin´by

CANTORES POPULARES & ERUDITOS

CANTORES POPULARES & ERUDITOS

Por trás da Arte do Canto está um rigoroso, fascinante e complexo trabalho de educação, aprimoramento da técnica e preservação do instrumento básico da voz: as pregas vocais. Seja em qualquer área do canto erudita ou popular, necessita de refinamento. Muitos dos cantores brasileiros recorrem ao estudo do canto erudito para desenvolver sua voz e preserva-la dos desgastes e equívocos quanto a escolha de tonalidades para suas canções. O aspecto da “imitação” a outros cantores também é recorrente da falta de consciência do ato de cantar e seus processos de fonação envolvidos, sendo o desenvolvimento pessoal e a busca da identidade vocal os principiais objetivos do estudo da técnica vocal.
Também ocorre resistência por parte dos cantores populares quanto ao estudo das técnicas do canto erudito e dos cantores eruditos quanto ao canto popular. Em suma, a única diferença do ato de cantar nos dois gêneros de música está no estilo: O cantor erudito procura reconstruir as intenções artísticas do compositor, exigindo uma maior fidelidade rítmica e melódica, seguindo fielmente a partitura. Sendo também parte de sua educação musical, as pesquisas sobre História da Música e sobre as biografias dos grandes compositores e intérpretes. Rico em variedade de sub-estilos, cada um com seu próprio conjunto de características estéticas ligadas a diferentes situações históricas e culturais. Incluindo neste grupo, temos as diversas escolas (Italiana, Francesa, Alemã, Russa) e os diferentes períodos (Renascentista, Barroco, Clássico, Romântico).
Já o cantor popular tende a aprender “de ouvido” não só as canções de seu repertório mas também a forma de cantar, não sendo comum que os cantores populares saibam ler música. Isso representa uma lacuna no conhecimento teórico, podendo significar igualmente um empobrecimento na cultura musical, limitando o repertório àquelas músicas a que se tem fácil acesso. Cada estilo dentro da música popular brasileira possui características distintivas próprias, que vão desde a exigência de determinada atitude ou postura corporal até a formação da banda que acompanha o cantor, passando pelo sotaque regional e pela forma de emissão vocal. O ritmo do afoxé, com suas origens nas festas de rua, sugere cantores que se movimentam, dançando e animando o público; a bossa nova, com sua sofisticação urbana e influenciada pelo cool jazz remete a uma voz intimista, sem grandes variações de dinâmica, e uma postura de palco menos expansiva. A competência comum a todos eles é a disponibilidade física e afetiva do cantor para viver integral e verdadeiramente um personagem a cada canção.
Um aspecto importante para a diferenciação entre as vozes líricas e populares é a maneira como se usa a ressonância (capacidade de projetar o som). A forma que se dá aos ressoadores, a consciência e o controle que se tem deste processo, influi decisivamente na maneira como os harmônicos (registros graves, médio e agudos equilibrados) se combinam, se amplificam ou se amortecem, determinando o resultado tímbrico, ou seja, a própria identidade sonora da voz.
O cantor popular usa dois tipos de controle de volume: um é acústico (a sua própria emissão/projeção vocal) e o outro, eletrônico (pela regulagem da mesa e do amplificador aos quais se conecta o microfone). É o controle acústico da voz que propicia a maior parte dos efeitos de dinâmica - em todas as gamas possíveis, desde os sussurros de um crooner de boate, passando pelo vigoroso entusiasmo vocal dos puxadores de samba, até os gritos de um cantor thrash metal.
O cantor lírico, ao contrário, precisa desenvolver uma técnica que projete sua voz de tal forma que ela seja claramente ouvida e entendida por toda a platéia. E muitas vezes o cantor solista tem o acompanhamento de uma orquestra sinfônica! Por esta razão, boa parte da técnica vocal para o canto lírico é dedicada a conseguir dar volume à voz ao mesmo tempo em que cuida de protegê-la contra o desgaste causado por tamanha exigência, uma vez que o cantor trabalha com a capacidade máxima de seu organismo.
Quanto à proteção, ela é também necessária para o cantor popular, pois na maioria das situações exista uma menor exigência vocal, muitas vezes as condições de trabalho são extremamente desgastantes (ar condicionado muito forte, ambiente enfumaçado e barulhento, horários de trabalho prolongados, equipamento inadequado para amplificação da voz).
O controle respiratório é fundamental em qualquer estilo. No canto erudito, o treinamento é mais intensivo, já que se exige mais pressão sobre as cordas vocais. Nenhuma partícula de ar deve ser desperdiçada, não se admitindo uma voz “soprosa” ou “sussurrante”. As vozes populares, por outro lado, podem explorar tais características como recurso estilístico (Maysa, Laura Fyji, Lisa Ono).
Seja qual for o seu estilo, o cantor faz música usando o seu próprio corpo, ambos produzem som a partir do mesmo instrumento. Este instrumento tem características muito peculiares: é capaz de unir melodia e texto, é inseparável do executante e por isso se confunde com ele e reflete sua identidade. A voz expõe, de maneira mais explícita do que qualquer outro instrumento, uma quantidade de informação sobre o cantor – seu estado de espírito, sua idade, origem cultural, disposição física. Estas características independem da opção por um ou outro estilo e portanto os mecanismos físicos de produção da voz (como por exemplo o controle da respiração, relaxamento e postura corporal) são basicamente idênticos em qualquer dos casos. Também os mecanismos psíquicos, as expectativas, ansiedades, sentimentos que influenciam a produção vocal, são aqueles comuns a todos nós, humanos.
Finalmente, em nenhum momento sugere-se que qualquer dos gêneros musicais deva ser considerado “melhor” ou “mais difícil” ou “mais artístico” do que outro. Todos os estilos de canto demandam estudo, dedicação, persistência, apuro técnico, sensibilidade e talento, comuns a todo e qualquer cantor, independente da especialidade ser em música popular ou erudita

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