CD
Heitor Villa-Lobos - Bachianas Brasileiras 1, 4, 5
Intérprete(s) Principal(is): Rio Cello Ensemble - Antonio Guedes Barbosa - Leila Guimarães
Compositor(es) Principal(is): Heitor Villa-Lobos
<--Faixas em MP3.
KCD074
A série das 9 Bachianas Brasileiras é a mais conhecida obra de Villa-Lobos, e este CD reune 3 das mais famosas. A nº 1 é com o Cello Ensemble, e a nº4, na versão original para piano solo, foi gravada por Antonio Guedes Barbosa. A nº 5 - a mais famosa - é com a soprano Leila Guimarães, com participação especial de João Carlos Assis Brasil.
Faixas
Ficha Técnica
Apresentação
Faixas:
KCD074 - H.Villa-Lobos-Bachianas Brasileiras 1-4-5 Tempo Total: 45:16
01 Bachianas Brasileiras nº1 - Introdução (Embolada) (Heitor Villa-Lobos) 07:00
02 Bachianas Brasileiras nº1 - Prelúdio (Modinha) (Heitor Villa-Lobos) 08:20
03 Bachianas Brasileiras nº1 - Fuga (Conversa) (Heitor Villa-Lobos) 05:46
04 Bachianas Brasileiras nº4 - Prelúdio (Introdução) (Heitor Villa-Lobos) 03:15
05 Bachianas Brasileiras nº4 - Coral (Canto do Sertão) (Heitor Villa-Lobos) 04:44
06 Bachianas Brasileiras nº4 - Ária (Cantiga) (Heitor Villa-Lobos) 05:40
07 Bachianas Brasileiras nº4 - Dança (Miudinho) (Heitor Villa-Lobos) 03:48
08 Bachianas Brasileiras nº5 - Ária (Cantilena) (Heitor Villa-Lobos) 06:03
09 Bachianas Brasileiras nº5 - Dança (Martelo) (Heitor Villa-Lobos) 05:40
Ficha Técnica
Produtor fonográfico: Kuarup Discos
Bachianas nº1 produzida por Henrique Cazes e gravada por Mario "Leco" Possolo em 1992 no Multi Studio
nº4 produzida por Antonio Guedes Barbosa e gravada por Otto Dreschler em 1986 no Auditório da UFRJ
nº 5 produzida por Mario de Aratanha e gravada por Carlos de Andrade em 1987 na Sala Cecília Meireles - Rio de Janeiro
Masterização: Carlos de Andrade e Luigi Hoffer
Bachianas nº4 sob licença dos herdeiros de Antonio Guedes Barbosa
Capa: Janine Houard (pintura)
Apresentação
Villa-Lobos e as Bachianas
Victor Giudice
A Bachiana Brasileira nº 1, destinada a uma orquestra de violoncelos e composta em 1930, teve sua primeira audição no Rio de Janeiro em 13 de novembro de 1938, sob a regência do próprio Villa. Na época, os ouvintes mais seníveis ficaram meio assombrados com a façanha obtida pelo compositor, no sentido de aproximar o estilo intocável de Johann Sebastian Bach, à música brasileira aparentemente rudimentar. Talvez ninguém tivesse desconfiado de que esta seria a grande invenção de Villa-Lobos. A obra se divide em três partes: Introdução, Prelúdio e Fuga. A Introdução se apresenta sob a forma de uma popular "embolada", em ritmo acelerado,guardando a ambiência harmônica assegurada pelos padrões de Bach. Já no Prelúdio, ou "modinha", uma ária tipicamente bachiana, mas obediente aos padrões característicos da melodia nacional, obedece à indicação Lamentoso e subjuga o ouvinte com um solo de violoncelo da melhor qualidade.
A parte final é uma Fuga, talvez o distintivo máximo da obra de Bach. Uma vez Bach declarou a um interessado em sua arte: "Se você quiser compor uma fuga tão perfeita quanto as minhas, componha tantas quantas eu compus." No caso de Villa-Lobos ele dá um banho de originalidade ao transformar as "vozes" da fuga numa animada conversa musical entre quatro tocadores de choro. O clímax é determinado por um crescendo, até a conversa se transformar em acirrada discussão.
A Bachiana nº4 foi composta inicialmente para piano, mas, devido ao sucesso, foi logo transcrita para grande orquestra. Na verdade, o Prelúdio, conhecido como "Introdução", é dominado por uma dessas melodias tão raras quanto simples, capazes de uma fixação imediata na memória popular. Os compassos iniciais do Samba em prelúdio, de Baden Powell e Vinicius de Morais, são os mesmos da quarta Bachiana. O segundo movimento, deniminado Coral ou "Canto do sertão", é outro achado melódico. A ordenação das notas, lógica e sobretudo original, que Villa consegue impor às seqüências melódicas, é um resultado direto de seu íntimo contato com nossa música popular e , principalmente, com os chorões. Mais uma vez, a terceira parte se concentra numa Ária nos perfeitos moldes bachianos, mas sempre temperada com os estilemas nacionais. Para o movimento final, Villa-Lobos compôs uma Dança, "miudinho", de grande impacto rítmico e enormes dificuldades interpretativas, tanto para a versão de piano quanto para a orquestra. O sucesso obtido fez com que Bachiana Brasileira nº4 logo se transformasse num dos grandes hits do século XX.
Mas a maior fonte da popularidade mundial de Villa-Lobos é, sem sombra de dúvida, a Bachiana Brasileira nº5. Otto Maria Carpeaux afirma que a mais bela melodia do século XX é a Pavane pour une Infante Defuncte, de Ravel. É possível que ele esteja certo. Mas a mais perfeita invenção melódica do século, para solo vocal sem palavras, é a célebre Ária, "Cantilena", da quinta Bachiana. Nem mesmo o Vocalise, de Rachmaninoff, consegue atingir o mesmo nível de comunicação em peças para solo de soprano sem palavras. A Ária apresenta uma seção intermediária sobre os versos de Ruth Valladares Correia. Composta na forma A-B-A, a parte sem palavras é retomada no final, a bocca chiusa (boca fechada), traduzindo toda a nostalgia de um certo tipo de mulher brasileira. A segunda parte da Bachiana nº5 é o Martelo, composta com versos de Manuel Bandeira, de interpretação dificílima para sopranos não brasileiros. Sua versão original é para acompanhamento de oito violoncelos, mas a redução para piano aqui gravada é do próprio Villa.
Todo compositor que se preza tem seu ponto de maior popularidade.
Villa-Lobos tem A quinta Bachiana.
FONTE: http://www.kuarup.com.br
sexta-feira, 13 de novembro de 2009
BACHIANA Nº 01,4 E 5
12:12 PM
Cristiane Fonseca
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1 comentários:
Um dos meus cds favoritos!!!! Simplesmente perfeito!!!
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